terça-feira, 27 de abril de 2010

Curiosidades sobre Jennifer Jones

-Ela era extremamente tímida, e em um determinado momento em sua carreira, pessoas que tentavam se comunicar com ela não conseguiam, pois pessoas que cuidavam da atriz não deixavam ninguém se aproximar.
Ela havia feito uma linha mais ou menos Greta Garbo de viver sua vida, quando estava longe das câmeras.
-Recusou o papel principal em "Laura", de Otto Premminger. Mais tarde, o filme foi um sucesso e um trampulim na carreira de Gene Tierney.
-Sua pintura à óleo, que aparece em Technicolor no filme O Retrato de Jennie(1948) fascinou tanto seu marido, o produtor David. O . Selznick, que ele fez questão de colocá-lo em sua coleção particular.
Jennifer Jones nos deixou em dezembro de 2009, aos 90 anos. Estava na companhia do filho Robert Walker Jr.(fruto de seu casamento com o ator Robert Walker).

terça-feira, 28 de julho de 2009

Cena final de Stella Dallas, 1937

Nesta brilhante atuação, Barbara Stanwyck prova que mais uma vez muitas vezes os atores não precisam de falas para emocionar o público. Na cena final do filme dirigido por King Vidor, em que sua personagem, cansada de ser rejeitada pela filha , acaba saindo de sua vida, mas volta para ver seu casamento, não podemos deixar de sentir a vibração positiva e a capacidade de entrega desta sublime atriz. Ela chega, na chuva e permanece de longe assistindo ao casamento dela, interpretada por Anne Shirley. Tudo está em seu olhar. Todas as suas emoções estão ali. Assisti ao filme no youtube agora à pouco e fiquei tão emocionada, já que também sou atriz e observo muito essas coisas nos atores, que peguei o trecho para mim. É uma referência para qualquer um que busca uma grande interpretação. O filme também traz Barbara O'neal, famosa por ter interpretado a mãe de Scarlett O'hara em "...E O Vento Levou". Abaixo o link para assistir:

http://http//www.youtube.com/watch?v=cR8c08zoCPI&feature=related

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Série "rostos": Gene Tierney

Precisa dizer alguma coisa?!

King's Row - 1942

Parris volta de Viena com os conhecimentos de Freud e começa a enxergar as deficiências da cidade, principalmente a causa dos estranhos comportamentos de alguns personagens. Sua ex-noiva Louise e a mãe da falecida Casssandra, por exemplo.
Tudo nos leva a crer que, para conhecer a verdadeira King's Row é preciso se afastar dela. Uma pessoa nunca é a mesma ao retornar de uma viagem, e em se tratando do vilarejo parado no tempo, não resta dúvidas de que Parris fez bem em estudar Psiquiatria em Viena.
Uma das cenas mais comentadas por críticos e espectadores é quando o personagem de Ronald Reagan acorda e não sente mais seu corpo da cintura para baixo. Desesperado, ele pergunta à Randy: "Cadê o resto de mim???"
O doutor maléfico havia amputado as pernas de Drake desnecessariamente, em mais uma de suas carnificinas. Drake havia sofrido um acidente na linha de trem, onde trabalhava com materiais pesados.
Loucura, preconceitos, charlatanismo, esquizofrenia: tudo isso e muito mais envolvem King's Row, a "pacata cidade, onde pode-se criar os filhos tranquilamente".

sábado, 19 de abril de 2008

KING'S ROW - 1942

KING'S ROW
DIRETOR: SAM WOOD
NOVELA: HENRY BELLAMANN
ROTEIRO: CASEY ROBINSON
DATA DE ESTRÉIA: 18 DE ABRIL DE 1942
FOTOGRAFIA (PRODUÇÃO): WILLIAM CAMERON MENZIES
FIGURINO (VESTIDOS): ORRY-KELLY
MAQUIAGEM: PERC WESTMORE

Na entrada da pequena cidade de King's Row, uma placa de boas-vindas tranquiliza os futuros moradores: "King's Row - o lugar ideal para criar seus filhos". Bizarros acontecimentos trazem à tona a realidade de lá, à medida em que quatro amigos de infância vão crescendo. Parris Mitchell( Scott Beckett ) costuma fazer suas caminhadas da escola até em casa, com sua colega Cassandra( Mary Thomas ), e desenvolve por ela um afeto especial. Mas como sinais de perturbação, a menina passa a ter crises de choro, e não consegue esconder dele. Mesmo assim, teme os riscos que corre, caso conte seus misteriosos problemas ao amigo. A sequência de aniversário da pequena Cassandra, em meio a um banquete de bolos e sorvetes que nada a agradam, devido à sua infelicidade, traz ao espectador um dos momentos mais delicados do filme. As outras crianças são os travessos Drake( Douglas Croft ) e Randy( Ann Todd), sempre entretidos em suas aventuras pelos campos verdes e arborizados de King's Row. As crianças se tornam adultas, e as hipocrisias e atitudes insólitas dos habitantes da cidade crescem diante de seus olhos. O agora Doutor Parris Mitchell( Robert Cummings ) é praticamente escomungado do vilarejo e da família de sua noiva Louise( Nancy Coleman, em um dos melhores desempenhos do filme). Tudo por que ele prossegue sua vida ao lado de sua antiga amiga Randy( Ann Sheridan, em perfeita atuação ). O preconceito toma conta do pai de Louise, o Doutor Henry Gordon(Charles Coburn), pelo fato de Randy ser de família pobre e de ter fama de andarilha e moleca. Neste periodo, Parris, que já havia tido aulas de direito com o pai de Cassandra( Betty Field, brilhante em seu papel), descobre que a moça era mantida em cativeiro dentro de casa, pelo pai, a mesma história ocorrida com sua mãe, Mrs.Tower(Eden Gray, com uma única cena no filme). A menina se desespera tanto, que corre à casa de Parris, pedindo socorro. Pouco tempo depois, Drake( Ronald Reagan, em outra atuação perfeita) diz à Parris que Cassandra havia morrido, em circunstâncias misteriosas. Continua...

quinta-feira, 20 de março de 2008

RAINTREE COUNTY - 1957








Dirigido por Edward Dmytryk, o drama de guerra estrelado por Elizabeth Taylor, Montgomery Clift e Eva Marie saint, foi duramente criticado desde o seu lançamento. Até hoje é possível ler comentários de pessoas que simplesmente detestaram o filme. A maior parte das reclamações gira em torno do longo tempo de duração e da falta de energia e dinamismo do filme. Discordei totalmente dessas observações, quando tive a oportunidade de assistí-lo, esta semana. Os pontos altos da produção, criada a partir da novela de Ross Lockridge Jr, sem dúvidas, são: a atuação de Elizabeth Taylor como a quase insana Susanna Drake. Ela consegue passar para o público, a imagem do deficiente mental diferente de muitas já apresentadas nas telas(geralmente quebrando a casa toda e berrando todo o tempo). A Susanna de Liz é confusa e perturbada, sim, mas consegue ser realista, ao mesmo tempo. Misturando frases como a da cena em que seu bebê com Johnny(Clift) nasce - "Mas existe um outro menino. Cadê o outro, Johnny???", e outras como "Você é bom demais pra mim, John", trouxeram à personagem, e por consequência, ao espectador, a idéia de que Susanna não era de todo louca. Enquanto tentava viver uma vida normal ao lado do marido, surgiam os fantasmas do passado e a atormentavam. Nós, sentados no sofá, sabíamos que ela se sentia frustrada quando mudava de comportamento. Ela tinha total consciência de seu distúrbio, por isso deixa transparecer sempre para John que estava atrapalhando a vida dele. Logo depois, percebia que não podia viver sem ele e pergunta: "Você nunca vai me deixar, não é?", ou faz afirmações e pedidos de ajuda para tentar mudar de comportamento e seguir sua história adiante. Presa à infância, mantém as bonecas no quarto de casal. Vez ou outra vemos carregar um de seus bonecos para lá e para cá, um deles parcialmente queimado pelo incêndio que destruiu sua casa e vitimou sua família, numa história envolta de mistérios que sua própria perturbação impede de interrá-los. No início da história, John está envolvido com Nell(Eva Marie). Mas ele conhece Susanna e se apaixona, encerrando o outro romance. Outro ponto forte em Raintree County são as cenas de batalhas dos soldados, durante a Guerra Civil Americana. A belíssima atuação de Lee Marvin, como Orville Perkins, está presente na cena em que ele é ferido e morto por um inimigo. E outros momentos lindos, como o reencontro de John com seu filho Jim, por quem havia por tanto tempo procurado. Perdido pela ausência de seu filho e esposa, John entra para a guerra. Susanna havia fugido de casa sem deixar pistas. Fraca é a cena em que o personagem de Clift a reencontra, vivendo em um hospício, depois de já ter encontrado o filho: frios os dois, estáticos, com um diálogo ralo, do tipo: "Eu te amo. Volta pra casa", e ela responde "Tudo bem". Claro que não foi assim, mas a idéia do reencontro é essa. O final, que muitos não gostaram, envolve a morte de Susanna. Havia se suicidado? Assassinada? Mal súbito? As pessoas ficaram perdidas(confesso que também fiquei). Mas parando para refletir, mais tarde, cheguei à seguinte conclusão: Susanna parte com o filho em busca da "árvore da vida". Ao encontrá-la, deixa o menino deitado debaixo dela, para que John pudesse ver o presente que ela havia deixado para ele, depois de tanto trabalho que tinha causado. Tenho para mim que ela resolveu sair da vida dele, para que ele pudesse ter a felicidade que merecia. A despeito de tudo o que já foi dito de ruim sobre Raintree County, me encantou do início ao fim, sem a monotonia de que tanto reclamaram. Belíssimo filme, com trilha sonora impecável de Johnny Green.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Norma Shearer


NORMA SHEARER(1902-1983), um dos maiores sucessos da Metro nos anos 30 era totalmente dedicada a seu marido, chefe de Produção do estúdio, o brilhante Irving Thalberg. Outra coisa que tinha sempre em mente era sua carreira.
Quando Thalberg morreu, vítima de um segundo ataque cardíaco, Norma se isolou na casa de praia do casal durante meses, se recusando a ver quem quer que fosse. Irving havia moldado sua carreira, era seu amigo e Norma correspondia a tudo isso, estando sempre a seu lado.